Antirrepresentacionismo, Rorty e “Todo sobre mi madre”.
Resumo
A cena atual da filosofia tem um nome que sobressaí: Richard Rorty (1931 -2007). Sem dúvidas este filósofo americano trouxe grandes contribuições ao pensamento contemporâneo, estendendo suas análises para todos os espectros da cultura. Rorty foi um dos mais destacados filósofos da segunda metade do século XX. Ele reivindicou-se um neopragmatista ou seguidor de uma tradição que “rompeu com os velhos mapas do terreno” em termos filosóficos. Rorty, ao elencar filósofos que poderiam ser chamados de edificantes ou terapêuticos, apresenta Heidegger, Wittgenstein e John Dewey na condição de seus heróis filosóficos. Estes filósofos na condição de edificantes e terapêuticos não estão mais preocupados com a afirmação de uma verdade redentora.
Rorty desenvolveu seu pensamento fazendo objeções a um tipo específico de filosofia, isto é, a filosofia do especialista, aquela comprometida com o desenvolvimento de sistemas teóricos que supostamente descrevem o mundo de modo racional por meio de uma concepção de verdade fundamentadora de toda de realidade. No lugar destes sistemas, Rorty propõe uma filosofia de cunho político-cultural comprometida com os desafios do gênero humano nos contextos contingentes de sua existência.
A “novidade” da filosofia edificante e terapêutica é que ela não se submete às dicotomias e hierarquias filosóficas em torno dos problemas relativos à relação entre “mente e mundo”, “racional e sensível”, “interno e externo” ou de estereótipos sociais. Rorty considerou estes dualismos como uma espécie de pseudoproblemas, que nada contribuem no esclarecimento das questões filosóficas de nosso tempo. Os filósofos, que merecem o elogio de Rorty, têm um entendimento que tanto a filosofia quanto a literatura ou cinema, tem contribuições importantes para a nossa reflexão do cotidiano e para a resolução de nossos problemas. Portanto, este espírito filosófico rortyano está vinculado a uma dimensão pragmática da vida.Texto completo:
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ISSN 2317-2754