“Qual é o jornalista mais crápula, mais mistificador do Rio de Janeiro?” - História, Jornalismo e Literatura em Lima Barreto

Denilson Botelho

Resumo


Além da transição entre a monarquia e a república, entre a escravidão e o trabalho assalariado, Lima Barreto (1881-1922) testemunhou e documentou variados aspectos que dizem respeito às transformações que a imprensa e o jornalismo atravessaram durante a Primeira República. O artigo analisa o modo pelo qual o autor de Recordações do escrivão Isaías Caminha acompanhou de forma crítica a transição do jornal artesanal para a imprensa empresarial que se difundia nas primeiras décadas do século XX. Penetrar neste universo através da produção literária de Lima Barreto nos permite examinar as práticas do jornalismo naquele período e questionar o mito da imparcialidade da imprensa – frequentemente invocado pelos mais variados veículos, inclusive nos dias que correm. Trata-se de discutir a própria função social do jornalismo tomando por base suas relações com a história e a literatura.

Palavras-chave


Lima Barreto; jornalismo; imprensa; literatura; Primeira República

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DOI: https://doi.org/10.26664/issn.2238-5126.7120187058

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