De artes e efrações: reflexões sobre uma etnografia multissiada

Liza Dumovich

Resumo


A construção do sujeito moral no Movimento Gülen se realiza por meio da corporificação de disposições morais, cognitivas e afetivas informadas pelos princípios da tradição islâmica conforme a interpretação do seu líder religioso. A performance de um programa disciplinar composto por práticas rituais islâmicas e “islamizadas” requer e, ao mesmo tempo, produz uma base material e moral que se reproduz pelo espaço do exílio. A relação intrínseca entre a construção do sujeito moral e a construção social do espaço se mostrou fundamental para a compreensão dos efeitos desse programa disciplinar sobre as subjetividades e trajetórias individuais. Como o Movimento Gülen é uma rede muçulmana turca transnacional, em que a migração faz parte do seu projeto missionário de reforma moral da sociedade global, este artigo propõe uma reflexão sobre a importância da etnografia multissituada de grupos sociais marcados pela mobilidade.


Palavras-chave


Antropologia; etnografia multissituada; práticas islâmicas; islã no Brasil; Movimento Gülen

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DOI: https://doi.org/10.26694/rer.v5i1.13768

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