Por uma política da vadiação: a capoeira “fazendo” cidades em Fortaleza
Resumo
A capoeira e as dinâmicas da vida urbana, historicamente, travam um íntimo diálogo, implicando mútua (in)formação a partir de experiências localizadas em espaços públicos citadinos como portos, mercados e largos. Escusado dizer que esse diálogo com as ruas permanece vivo na atualidade, sobretudo em territórios das cidades que são considerados “periféricos”, de “margem” ou “precários” (AGIER, 2015). Assim, o presente artigo objetiva refletir sobre a capoeira enquanto produção da margem, considerando-a como uma “situação-limite” (AGIER, 2015) que enseja precipitações políticas, ações produzidas por coletivos de sujeitos que interpelam as dimensões de “ordenamento” e de “prescrição” dos mundos urbanos planejados a partir e para as “centralidades” e seus sujeitos; que criticam a sustentação de usos, sentidos e relações considerados hegemônicos, dominantes ou legítimos. Para tanto, mobilizando pesquisas etnográficas, os bairros Serrinha e Gentilândia (Fortaleza, Ceará, Brasil) são tomados como espaços privilegiados de reflexão.
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.26694/rer.v4i2.12794
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