Capoeira em Feira de Santana (1970-1990)
Resumo
O artigo busca contribuir para a compreensão das práticas relacionadas à capoeira no sertão da Bahia, mais especificamente em Feira de Santana, no período de 1970 a 2010. Para tanto, propomos uma reflexão etnográfica e historiográfica sobre a mobilização de vestígios históricos, dos lugares e personagens, para entender tensões relacionadas aos usos dos espaços públicos na cidade. Tomamos como base de análise fontes históricas que permitem acessar o universo simbólico e político do contexto feirense, das práticas concretas dos sujeitos e do espaço imaginário que lhe confere sentido. Assim, mobilizamos material de arquivo, inclusive de natureza oral, bem como fotografias e a literatura específica. Feira de Santana, que abrigou a maior feira ao ar livre do Nordeste até 1977, tomou esta ambiência como um dos palcos para exibições de rodas de capoeira desde, ao que tudo indica, meados do século XX. Após a extinção da feira, contudo, observamos que novos arranjos foram sendo delineados na prática da capoeira na cidade, sublinhando o caráter disputado do território urbano.
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PDFDOI: https://doi.org/10.26694/rer.v4i2.12771
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