RETEXTUALIZAÇÃO DO ORAL PARA O ESCRITO COM ALUNOS DE SÉTIMO ANO

Isabel Maria Soares da Costa Carvalho

Resumo


Os Parâmetros Curriculares Nacionais-PCN de Língua Portuguesa (1998) oficializam a adoção dos gêneros textuais como objeto de ensino, o que é corroborado pelas Diretrizes Curriculares das diferentes redes de ensino público. O trabalho com a oralidade, até então pouco valorizado, passa a fazer parte das atividades de ensino da língua. Nessa perspectiva, surge como alternativa para tal encaminhamento a retextualização, atividade que envolve um conjunto de operações linguísticas, com as quais lidamos corriqueiramente, nas sucessivas reformulações de textos, considerando variações de registros, gêneros textuais, níveis linguísticos e estilos, possibilitando a transformação de um texto em outro, mantendo fidelidade às suas informações básicas. Este trabalho resulta de uma dissertação de mestrado, cujo objetivo da investigação foi examinar o processo de textualização do gênero relato oral e de retextualização desse gênero para o escrito, a partir dos relatos orais de alunos do 7º ano, em contextos de ensino. Especificamente, procuramos identificar as estratégias de retextualização empregadas ao retextualizar do oral para o escrito e, ainda, analisar comparativamente os aspectos implicados no processo de retextualização texto-autor e texto-não autor. Para tanto, teoricamente, embasamo-nos em Bronckart (2012), Dell’Isola (2007), Koch(2011), Marcuschi (2010), Schhneuwly e Dolz (2004); metodologicamente, adotamos para o encaminhamento da pesquisa a abordagem qualitativa. Por meio da realização de pesquisa de campo, coletamos 10 textos orais gravados em áudio, os quais foram transcritos pela professora pesquisadora e posteriormente retextualizados do oral para o escrito pelos alunos.


Palavras-chave


Retextualização. Texto. Ensino.

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