A DEMOCRACIA E A MEMÓRIA DISCURSIVA EM EDITORIAIS DO JORNAL O GLOBO: UMA QUESTÃO DE ANTECIPAÇÃO

Safira Ravenne da Cunha Rêgo

Resumo


 O presente trabalho tem como objetivo a compreensão da memória discursiva que o sujeito brasileiro possui acerca da noção de democracia, utilizando como arquivo recortes dos textos publicados pelo Jornal O Globo sobre as revoluções da Ditadura, em 1964, e as ocorridas, hoje, no Brasil, em face da insatisfação dos brasileiros com relação às tarifas do transporte público e à realização da Copa do Mundo, enfatizando-se, para tanto, do poder da argumentação. Trata-se de uma associação da Análise do Discurso, em sua perspectiva francesa, com a História e as intenções discursivas presentes em importantes momentos do país, em se tratando de língua, sujeito e História e o poder da argumentação para a compreensão da realidade. De acordo com os conceitos de “Memória Discursiva”, “ilusão política” e “circulações discursivas” propostos por Pêcheux e difundidos por Orlandi; de “textualização do político” em Courtine (1982); de Análise Argumentativa do Discurso proposta por Aristóteles e, posteriormente, por Amossy (2006) e a Argumentação na Análise do Discurso sob a acepção de Orlandi, pretende-se trabalhar o poder de fixação de valores e assujeitamento que as organizações Globo exercem sobre a mente dos leitores e telespectadores, o que corresponde à formação da sua subjetividade, baseada em discursos já ditos.


Palavras-chave


Memória Discursiva. Democracia. Argumentação. Assujeitamento. Compreensão.

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