GÊNERO E LITERATURA: REPRESENTAÇÕES SIMBÓLICAS EM LIVROS PARADIDÁTICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Resumo
A adoção de livros paradidáticos para a educação infantil é uma prática identificada na maioria das escolas particulares da cidade de Teresina-PI. É útil como uma estratégia de ação educativa, visando uma complementaridade das temáticas dos livros didáticos. Neste contexto, deparamo-nos com a problemática desta pesquisa: Que representações de gênero podem ser identificadas nos livros paradidáticos adotados por escolas de educação infantil, enquanto instrumento pedagógico que proporcione o prazer de ler, a instrução, a diversão, o sonho projetado, a iniciação à política, à justiça, ao amor, à paz e, neste estudo, o lugar social dos gêneros? E a partir deste questionamento intentamos pesquisar, pois percebemos que o acúmulo de bens simbólicos e culturais proporcionados pela literatura infantil, por meio dos livros paradidáticos, possibilita ao aluno ser o sujeito de suas transformações, assim como do ambiente em que vive. Foram analisados quatro livros paradidáticos: Os músicos de Bremen (Ruth Rocha); Uma trança dourada (Tatiana Belinky); A rainha rabiscada (Sylvia Orthof); e O pavão abre e fecha (Ana Maria Machado). A opção teórico-metodológica para a análise discursiva desta literatura foi alicerçada na Análise do Discurso Crítica, a partir das contribuições de Fairclough (2001), Verón (2004) e Magalhães (2003), que objetivou identificar as representações e discursos de gênero e as estratégias discursivas construídas nos textos destes livros paradidáticos. Como resultados observou-se a existência de estereotipais de naturalização da dualidade entre os sexos, com uma padronização tradicional e patriarcal de família, mas com momentos de empoderamento feminino, estetização corporal e romantismo nos relacionamentos amorosos.
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