Uso de Medicamentos Off Label em Pediatria
Resumo
INTRODUÇÃO: A prescrição é uma etapa importante da consulta pediátrica e depende do arsenal farmacoterapêutico disponível. Na prática, as crianças são habitualmente submetidas à terapia com medicamentos estudados apenas em adultos, configurando assim o uso off-label. OBJETIVOS: Analisar a frequência de prescrições de medicamentos off label em enfermaria pediátrica de um hospital –escola referência no Piauí. METODOLOGIA: Estudo observacional e transversal realizado na enfermaria de pediatria clínica de um hospital infantil público referência em Teresina-Piauí no período de junho a julho de 2017. A classificação quanto aos critérios de aprovação da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi baseada em seu bulário eletrônico e no Dicionário de Especialidades Farmacêuticas (2009). RESULTADOS: Foram analisadas 1.697 prescrições referentes a 93 pacientes. O gênero feminino (51,6%) e a faixa etária de lactentes (30,1%) foram os mais frequentes. Dos 13.276 itens medicamentosos prescritos, 13,7% foram de uso off label. Destes, 65,2% eram manufaturados - adaptados de sólido para líquido no hospital através da equipe de enfermagem – e 16,6% não estavam prescritos na dose correta para faixa etária ou peso. A dipirona foi o fármaco mais prescrito de forma off label (12,7%), seguido pelo montelucaste (11,3%) e omeprazol (10,3%). CONCLUSÃO: Os resultados do presente trabalho confirmam a baixa prevalência do uso off-label em relação a outros estudos, porém com altas taxas de medicamentos manufaturados.
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REFERÊNCIAS
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DOI: https://doi.org/10.26694/2595-0290.20181320-288393
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