3. El diario Clarín y la "campaña antiargentina": la construcción de un consenso en torno a las violaciones a los derechos humanos.

Resumo

Este artigo propõe uma indagação acerca do tratamento informativo e da linha editorial realizada pelo jornal diário argentino Clarín, sobre violações de direitos humanos cometidas na Argentina durante o regime militar 1976-1983. O texto está centrado na análise da conjuntura que começa em 1977 e continua em 1978, quando os militares iniciam uma campanha pública dizendo que há uma “campanha anti-argentina” e que as queixas de organismos internacionais pelo quadro dentro da Argentina eram, na realidade, interpretadas como parte da “ameaça subversiva” que se operava desde o interior do país, assim como do próprio exterior. Considerando que a omissão informativa que caracteriza a denúncia de uma “campanha anti-argentina” se refere diretamente à questão da repressão militar, consideramos também que as construções discursivas e representações criadas e difundidas por Clarín neste contexto - caracterizadas por uma adesão total à chamada “luta anti-subversiva” e pela exaltação nacionalista e patriótica (e êxito) em torno da Copa do Mundo de Futebol de 1978 -, constituíram o modo com que o jornal abordou o tema das violações dos direitos humanos.