Entre resistências e permanências: jornais do interior no golpe civil-militar de 1964

Nayara Kobori

Resumo


O presente artigo trata das articulações de dois jornais do interior do estado de São Paulo, especificamente da cidade de Ribeirão Preto, no período que antecedeu o golpe civil-militar de 1964. Para isso, propõe-se a analisar os textos opinativos dos periódicos Diário da Manhã e Diário de Notícias a partir da abordagem Hermenêutica em Profundidade de Thompson (1995) em um método misto com a Análise de Conteúdo de Bardin (2016) para revelar como as formas simbólicas expressam ideologias – ora de resistências, ora hegemônicas – em relação ao período autoritário. Além disso, é necessário tratar da figura dos editores de ambos os veículos, sendo eles Antônio Machado Sant’Anna e Antônio Carlos Sant’Anna, do Diário da Manhã, e padre Celso Ibson de Syllos, do Diário de Notícias, já que eles participavam não somente da produção jornalística do interior, mas também de movimentos sociais, entidades e outros grupos sociais atuantes na cidade. A pesquisa contribui para entender a continuidade do pensamento autoritário no Brasil, por meio da análise das formas simbólicas na mobilização de sentidos para a manutenção ou contestação de ideologias hegemônicas.


Palavras-chave


jornais do interior; golpe civil-militar; Ribeirão Preto; Diário da Manhã; Diário de Notícias.

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DOI: https://doi.org/10.26664/issn.2238-5126.131202414562

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