A teoria na história dos média

Moisés Adão Lemos Martins

Resumo


Tendo-se estabelecido como dispositivos tecnológicos de mediação simbólica da experiência humana e projetando um propósito emancipador de cidadania, os média constituem um projeto da modernidade. Neste artigo vamos procurar demonstrar a fecundidade da teoria na história dos média. E fá-lo-emos problematizando, antes de mais nada, a “ética da discussão, ou da comunicação”, de Habermas e Apel, em que se apoia o propósito emancipador autorizado pelos média nas sociedades democráticas contemporâneas, em resultado de um vínculo essencial à linguagem, ao discurso e à comunicação. Em síntese, podemos dizer que as tecnologias da comunicação e da informação vieram deslocar o quadro teórico do debate sobre os média, do logos e do ethos para o pathos, com os média a deixarem de ser considerados como meros dispositivos discursivos, que persuadem, e a passarem a ser considerados, igualmente, como dispositivos de sons e imagens, que fascinam. Por outro lado, o processo informativo deixou de se cingir apenas a produtores e consumidores de informação, e considera, agora, igualmente, os públicos, que são hoje, também, produtores de conteúdos.

Palavras-chave: Comunicação. Discurso. Ética da discussão. Tecnologia. Teoria dos Média.


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DOI: https://doi.org/10.26664/issn.2238-5126.91202010812

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