VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E ESCOLA: IMBRICAÇÕES TEÓRICO-METODOLÓGICAS
Resumo
O ensino da variação linguística, hoje, nas escolas brasileiras tem se dado, geralmente, de maneira inadequada, sendo inserido na sala de aula, muitas vezes, como recurso didático para a correção de “erros” gramaticais. Esse uso impróprio da variação linguística nas aulas de língua materna tem contribuído para o surgimento do preconceito linguístico que pode, inclusive, causar problemas de ordem psicológica, como a desmotivação pelos estudos. Objetiva-se explanar as implicações da variação linguística no contexto escolar, investigando de que modo isso se efetiva e como a sociolinguística tem contribuído para a disseminação de saberes acerca do que é e de como se podem trabalhar as variações linguísticas nesse ambiente. O referencial desta pesquisa encontra-se ancorado nas ideias de Bortoni-Ricardo (2005) sobre a variação linguística na escola e em Mollica (2008) sobre os fundamentos teóricos da sociolinguística. Bortoni-Ricardo (2004), Bagno (2007), Costa (2010), Costa (2011), Suassuna (2010), Nogueira (2010) também oferecem aporte teórico-metodológico à problemática deste trabalho. Como procedimento metodológico, utilizaram –se resenhas das obras estudadas e produzidas pela autoria deste artigo, que foram, posteriormente, propostas a diálogo entre si a fim de que fossem delineadas as ideias centrais de cada autor. Para esse diálogo, usou-se a abordagem de análise descritiva, interpretativa e explanatória, considerando-se a natureza bibliográfica desse estudo. Percebeu-se que a escola, no Brasil, ainda está alheia à questão da variação linguística, promovendo, sobretudo, o ensino de gramática normativa. A ausência de uma formação continuada também contribui para o fortalecimento dessa realidade.
Palavras-chave: Ensino; Escola; Variação Linguística.
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