DEFORMIDADES DA NAÇÃO EM VIDAS SECAS

Danielle Santos Rodrigues, Luiz Eduardo da Silva Andrade

Resumo


Vidas secas recupera discursivamente a questão da natureza na literatura brasileira, apresentada no século XIX pelo movimento romântico como um dos pilares de sustentação do projeto de nacional, e dá um tratamento novo ao espaço literário quando desfigura a paisagem exuberante de outrora e a substitui pela aridez da caatinga. É um símbolo nacional representado de maneira deformada na escrita de Graciliano Ramos. O herói indígena e as cores exuberantes da bandeira, que também reaparecem no Modernismo de 22, cedem lugar a sujeitos reificados e a uma ambientação com tonalidades mais críticas. Com relação ao método, as personagens e cores funcionam aqui como metáforas de aproximação entre narrativa romântica e Vidas secas. O objetivo é debater a crítica da construção de uma nação excludente e deformada na literatura de Graciliano Ramos.


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