Prescrições de antibióticos em farmácias comunitárias: realidade após a RDC 20/2011

Glaucia Maria Nogueira Cunha, Dayse Aparecida de Oliveira Braga, Anne Karine Sousa Nóbrega Maia, Jeimes Lennon Lopes Cândido, Karla Bruna Nogueira Torres Barros, Cinara Vidal Pessoa, Leina Mércia de Oliveira Vasconcelos

Resumo


Objetivo: Averiguar prescrições de antibióticos em farmácias comunitárias no município de Milhã-CE, conforme a RDC 20/11. Material e Métodos: O estudo foi observacional, descritivo e retrospectivo com abordagem quantitativa. Foram analisadas 253 prescrições médicas contendo antimicrobianos de uso sob prescrição, isolados ou em associação, retidas nas farmácias comunitárias. Resultados: O estudo evidenciou que (82,21%) das prescrições possuía a posologia e (36,36%) continham duração do tratamento. Em relação ao antimicrobiano mais prescrito, verificou que a levofloxacina (21,74%) foi a mais encontrada nas prescrições. Das receitas analisadas (55,73%) encontravam-se em terapia concomitante, sendo anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), a classe de medicamentos mais prescritos com os antimicrobianos. As interações medicamentosas encontram-se em (0,40%) das associações. Quanto à legibilidade, (35,97%) estavam legíveis e (64,03%) parcialmente legíveis. Todas as prescrições continham data de emissão e (4,35%) encontravam-se rasuradas. Relacionado aos dados dos pacientes o nome esteve presente em todas as receitas, a idade em (33,60%), e o sexo não foi encontrado nas prescrições. Conclusões: A maioria das variáveis observadas nesse estudo não está em conformidade com a RDC 20/11. Os resultados demonstram a falta de conhecimento e de compromisso dos profissionais de saúde, envolvidos nos processos de prescrição e dispensação das substâncias classificadas como antimicrobianos.


Palavras-chave


Antimicrobianos; Antibióticos; Prescrição de Medicamentos.

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