CAPACIDADE DE USO DA TERRA NO MUNICÍPIO DE TERESINA: ELEMENTOS PARA UMA POLÍTICA DE CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS
Resumo
A pressão sobre o meio físico no Município de Teresina, Estado do Piauí, aumentou a partir dos anos 1960, em face dos velhos padrões de agricultura ainda presentes e, principalmente, pelo dinamismo do crescimento urbano e exploração de materiais de construção. Estudos de Jacomine et al. (1986a, 1986b, 1986c) e Lima (1987) descrevem neste município um relevo movimentado e susceptível aos processos de degradação por erosão. As leis ambientais voltam-se para o relevo e para os mananciais hídricos, mas desconhecem a morfologia dos solos e as restrições para uso das terras, elementos importantes para o planejamento conservacionista. Situa-se nesta discussão o objetivo deste trabalho, que é determinar a capacidade de uso das terras do município de Teresina, tendo como base Lepsch et al. (1991) e Bertolini e Bellinazzi Júnior (1994). O trabalho foi executado ampliando-se principalmente as informações pedológicas de Jacomine et al. (1986c), na escala de 1:1.000.000, utilizando-se uma base planialtimétrica de 1:100.000, com base no relevo para determinação das tipologias pedológicas e determinação de uma legenda preliminar. Seguiu-se etapa de campo para verificação dos solos, vegetação, relevo e uso atual, além de conferir altitude, com auxílio de GPS. As terras foram enquadradas da seguinte maneira: Classes II, representando solos que podem atender às demandas de explorações agropecuárias e de expansão urbana, industrial, turísticas e outras utilizações econômicas; Classe IV, solos dotados de limitações que os tornam pouco adequados para utilizações de cultivos anuais e mais bem adequados para pastagens, com os necessários cuidados de conservação; e Classe VI, correspondente a solos que apresentam limitações que os tornam inadequados para utilizações de cultivos anuais, podendo ser aproveitadas com pastagens, florestas, turismo e algumas culturas bem manejadas e acompanhadas de práticas de conservação. Os mapas finais foram trabalhados em ambiente digital, na escala de 1:100.000.
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