MAPEAMENTO GEOMORFOLÓGICO DO PARQUE NACIONAL SETE CIDADES, PI
Resumo
Este artigo apresenta os resultados da dissertação de mestrado intitulada “Quadro Geomorfológico do Parque Nacional de Sete Cidades, Piauí”. Esta pesquisa buscou estabelecer o quadro geomorfológico do Parque Nacional de Sete Cidades, o que demandou localizar, identificar e descrever as feições geomorfológicas que constituem o relevo, o modelado e as formações superficiais do parque. O parque está localizado no município de Piracuruca, Piauí. Foi criado em 8 de junho de 1961, devido a sua beleza cênica, observada nos seus monumentos geológicos e nas pinturas rupestres e por abrigar várias nascentes perenes de água. Foi realizado um mapeamento geomorfológico na escala de 1:25.000. O mapeamento realizado permitiu o reconhecimento das seguintes feições geomorfológicas: os afloramentos rochosos, maciços ou esculpidos em modelado ruiniforme alto e modelado ruiniforme baixo, afloramentos rochosos planos (chamados de lajeado), e as formações superficiais que são compostas por: pavimentos de blocos, formações arenosas e couraça ferruginosa. Duas planícies inundáveis são ocupadas por solos hidromórficos. Foi constatado que o modelado ruiniforme de Sete Cidades é de origem estrutural em ligação intrínseca com as estruturas sedimentares do arenito e a existência de falhas e fraturas, as formações arenosas têm fraco desenvolvimento pedológico. As couraças ferruginosas seriam o único elemento para estabelecer um esboço de evolução geomorfológica num quadro regional.
Texto completo:
PDFReferências
AB'SÁBER, Aziz Nacib. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê editorial, 2003.
AB’SABER, Aziz Nacib. Topografias ruineformes no Brasil. Geomorfologia, São Paulo, USP, n. 50, p.1-14, 1977.
BAPTISTA, Milton Brand et al. Léxico estratigráfico do Brasil. Brasília: DNPM/MME, 1984.
BASTOS, Cláudio. Dicionário Histórico e Geográfico de Estado do Piauí. Teresina: FMC, 1994.
CASTRO, Antônio Alberto Jorge Farias et al. Cerrados marginais do Nordeste e ecótonos associados. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, n. S1, p. 273-275, 2007.
COLTRINARI, Lylian. Um exemplo de cartografia geomorfológica de detalhe: a carta do médio vale do Rio Parateí, SP, (escala 1:25.000). Revista do Departamento de Geografia da USP, São Paulo, USP, n. 1, p.55-63, 1982.
CUNHA, Francisco Mota Bezerra da. Evolução Paleozóica da Bacia do Parnaíba e seu Arcabouço Tectônico. 1986. 107 f. Dissertação (Mestrado em Geologia) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,1986.
FORTES, Fernando Parentes. Geologia de Sete Cidades. Teresina: FMC, 1996.
FORTUNA, Ismael. Estudo da influência da fração de líquido na dinâmica de uma espuma. 2007. 32f. Monografia (Bacharelado em Física) - Instituto de Física. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2007.
GÓES, Adilson Marinho de Oliveira; FEIJÓ, Flávio. Bacia do Parnaíba. Boletim de Geociências da Petrobrás, Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, p. 57-67, 1994.
GORNITZ, Vivien. “Liesengang” rings. In: FAIRBRIDGE, Rhodes Whitmore. Enciclopedia of Earth Sciences. Pensylvania: Eds. Dowden, Hutchinsin and Ross, 1972. p. 648-650.
GUERRA, Antônio Teixeira; GUERRA, Antônio José Teixeira. Novo Dicionário Geológico-Geomorfológico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.
HOLDRIDGE, Leslie Ransselaer. Determination of world plant formations from simple climatic data. Science, New York, v.105, n. 2727, p.367-368, 1947.
INSTITUTO BRASILEIRO DE DESENVOLVIMENTO FLORESTAL - IBDF. Plano de Manejo do Parque Nacional Sete Cidades. Brasília: IBDF, 1979.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Manual Técnico da Vegetação Brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 1992. (Manuais Técnicos de Geociências n° 01).
JOLY, Fernand; DEWOLF, Yvette. Formations superficielles et geodynamique. Application a l’étude d’une zone sahéliene. In: COLÓQUIO INTERDISCIPLINAR FRANCO-BRASILEIRO, 1978, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: USP, 1978. p.179-188.
KÖPPEN, Wladimir. Versuch einer Klassifikation der Klimate, vorzugweise nach ihren Beziehungen zur Pflanzenwelt. Geogr, Zeitschrift, v. 6, p. 657–679, 1900.
LIMA, Iracilde Maria de Moura Fé. Relevo piauiense: uma proposta de classificação. Revista CEPRO, Teresina, v. 12, n. 2, p. 55-87,1987.
LOCKZY, Louis de; LADEIRA, Eduardo Antônio. Geologia estrutural e introdução a geotectônica. São Paulo: Edgard Blucher; Rio de Janeiro: CNPq, 1980.
MAINGUET, Monique. Le modele de grés: problèmes generaux. Paris: I.G.N, 1972.
MARQUES, Jorge Soares. Ciência Geomorfológica. In: GUERRA, Antônio José Teixeira; CUNHA, Sandra Baptista da (org.). Geomorfologia, uma atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994. p. 23-50.
MESNER, John Carlton; WOOLDRIDGE, Leonard Charles. Estratigrafia das bacias paleozóica e mesozóica do Maranhão. Boletim Técnico da Petrobrás, Rio de Janeiro, v. 2, n. 7, p. 137-164, 1964.
MOREIRA, Amélia Alba Nogueira. Relevo. In: FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Geografia do Brasil, região Nordeste. Rio de Janeiro: IBGE, 1977 (v. 2, p.1-45).
OLIVEIRA, Maria Edileide Alencar. Mapa dos tipos de vegetação do Parque Nacional Sete Cidades, mapa preliminar cedido pela autora em 25/02/2000.
PELLERIN, Joël. Les bases physiques. In: GUIDON, Niède (org.). L’aire archéologique du sud-est du Piauí. Paris: Ed Recherche sur les Civilisations, 1984. p.11-22.
PENTEADO, Margarida Maria. Fundamentos de Geomorfologia. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1978.
PETRI, Setembrino; FÚLFARO, Vicente José. Geologia do Brasil: Fanerozóico. São Paulo: TA Queiroz Editor, 1983.
RIVAS, Margarete Prates (coord.). Macrozoneamento Geoambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba. Rio de Janeiro: IBGE, 1996.
ROSS, Jurandyr Luciano Sanches. Relevo brasileiro: uma nova proposta de classificação. Revista do Departamento de Geografia, São Paulo, v. 4, p. 25-39,1985.
SANTOS, Janaína Carla dos. Quadro Geomorfológico do Parque Nacional de Sete Cidades. 2001. 116 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Departamento de Geociências. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2001.
TRICART, Jean. A geomorfologia nos estudos integrados de ordenação do meio natural. Boletim Geográfico, Rio de Janeiro, v. 34, n. 251, p.15-42, 1976.
TRICART, Jean. Aspectos cartográficos dos levantamentos geomorfológicos em relação aos programas de desenvolvimentos. Boletim Geográfico, Rio de Janeiro, v. 29, n. 215, p. 3-15,1970.
VAZ, Pekim Tenório et al. Bacia do Parnaíba. Boletim de Geociências da Petrobrás, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 253-263, 2007.
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Direitos autorais 2025 Janaina Carla dos Santos
ISSN: 1677-8049 (Impresso)
ISSN: 2763-9819 (Online)
