CARACTERIZAÇÃO DO MEIO FÍSICO E DA COBERTURA DA TERRA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO POTI (CEARÁ E PIAUÍ)
Resumo
O levantamento de dados sobre as características físicas e de uso da terra são determinantes para o planejamento e conservação da paisagem, tendo em vista a necessidade de considerar a visão integrativa nos estudos das bacias hidrográficas. Nesse sentido, objetivou-se caracterizar as variáveis ambientais e socioeconômicas (uso e cobertura da terra) da Bacia Hidrográfica do Rio Poti (BHRP), com o intuito de contribuir com o desenvolvimento de políticas públicas que tratem do uso, manejo, recuperação, preservação e conservação dos sistemas naturais. Os dados coletados foram analisados por meio de abordagem quali-quantitativa, sendo a caracterização ambiental fundamentada na abordagem sistêmica. Foi possível definir as unidades litoestratigráficas datadas do Paleoneoarqueano ao Cenozoico, com predomínio de rochas das Províncias Parnaíba e Borborema. Com relação às Unidades Morfológicas, ganharam destaque os relevos: Padrão em Patamares, Padrão em Formas Tabulares, Padrão em Morros, Planícies Fluviais, Padrão em Planalto/Glint, Superfície Sertaneja e Maciços Cristalinos. Em relação ao clima, constatou-se condições de transição entre o clima Semiárido, à leste, gradando, para oeste, às condições de maior umidade do clima Tropical. Observou-se na dinâmica fluvial diferenças significativas: o regime de escoamento é de caráter temporário no alto e médio curso fluvial e caráter perene no baixo curso. Em relação aos solos, destacaram-se os: Plintossolos, Latossolos, Chernossolos, Argissolos, Neossolos, Planossolos e Luvissolos, recobertos por vegetação típica de zona de transição entre os biomas Cerrado e Caatinga. No tocante ao uso e cobertura da terra, foram estimados dois níveis para o estudo: o Natural e o Antrópico. Com o mapeamento foi possível constatar que a destruição da vegetação primária foi relacionada com o aumento de áreas agrícolas (11,7% em 1985 para 13,7% em 2021), da expansão urbana e do desmatamento (0,2% em 1985 para 0,4% em 2021 para a expansão urbana e 12,5% em 1985 para 14,6% em 2021), especialmente no Bioma Caatinga.
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.26694/equador.v12i1.14075
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Revista do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGGEO), do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL), da Universidade Federal do Piauí (UFPI)
ISSN 2317-3491
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Qualis/CAPES A2