VARIAÇÕES NA FLORA E SÍNDROMES DE DISPERSÃO DE ESPÉCIES LENHOSAS DA CAATINGA E CERRADO NO NORDESTE BRASILEIRO

Aldenísia Oliveira do Ó, Francisco Igor Ribeiro dos Santos, Clarissa Gomes Reis Lopes

Resumo


Este trabalho busca responder se os cerrados nordestinos e a caatinga são floristicamente distintos, se há diferença entre o número de espécies em cada síndrome de dispersão nas duas formações vegetacionais e se a precipitação afeta as síndromes de dispersão. Foram selecionados 9 levantamentos fitossociológicos, sendo 4 de Caatinga e 5 de Cerrado e as espécies foram classificadas quanto a síndrome de dispersão. Foi calculado o índice de similaridade de Jaccard, e a análises de ordenação para detectar se as duas formações vegetacionais são diferentes. O índice de similaridade de Jaccard foi 0,049, indicando baixa similaridade entre as duas formações vegetacionais, o que foi confirmado pela análise de NMDS que indicou que a composição florística é bastante distinta entre os dois grupos. Além de diferenças na composição florística, o cerrado apresenta maior riqueza de espécies zoocóricas, enquanto a caatinga apresenta elevada riqueza de espécies autocóricas. Não houve diferença entre a riqueza de espécies anemocóricas entre as duas formações vegetacionais. Apenas as espécies autocóricas tiveram uma relação negativa com precipitação média anual. As duas formações vegetacionais são bastante distintas, tanto na sua composição florística quanto nos processos ecológicos, como a proporção de síndrome de dispersão.

Palavras-chave


Zoocoria. Autocoria. Precipitação.

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DOI: https://doi.org/10.26694/equador.v10i01.12261

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Revista do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGGEO), do Centro de Ciências Humanas e Letras (CCHL), da Universidade Federal do Piauí (UFPI)

ISSN 2317-3491

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