Mary Wollstonecraft, Nísia Floresta, Sophia e a escrita em defesa dos direitos das mulheres

Luma Pinheiro Dias, Teresinha de Jesus Mesquita Queiroz

Resumo


Resumo: Este artigo analisa as relações intelectuais e as apropriações realizadas pela educadora e escritora brasileira Nísia Floresta Brasileira Augusta (1810-1885), no que diz respeito às obras de Mary Wollstonecraft (1759-1797) e de Sophia, a partir da defesa dos direitos das mulheres. Considerando que a educação feminina tinha por objetivo reforçar os padrões sexuais nos séculos XVIII e XIX, no Brasil e na Europa, a escrita feminaina constituiu elemento de desordem social. As escritoras supracitadas elaboraram, cada uma a seu tempo, tratados em defesa dos direitos das mulheres, que reconheciam no aperfeiçoamento da educação feminina instrumento de valorização social para seu sexo. A atuação de Wollstonecraft é observada a partir de sua biografia e da obra Reivindicação dos direitos das mulheres (Londres, 1792); da autoria de Sophia, aborda-se a obra Woman not inferior to man (1739) e de Nísia Floresta, consideram-se as obras Direito das mulheres e injustiça dos homens (Brasil, 1853) e Opúsculo humanitário (Brasil, 1853). Michel de Certeau (1982), Roger Chartier (1990), Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke (1996; 2020), Constância Lima Duarte (1998) e Eileen Hunt Botting e Charlotte Hammond Matthews (2014) oferecem contribuições relevantes para o estudo dessas relações.
Palavras-chaves: Mary Wollstonecraft. Nísia Floresta. Educação feminina. Direito das mulheres.


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