A democracia ateniense nos compêndios de história universal do século XIX
Resumo
Resumo: Estudos sobre os usos da literatura clássica por diferentes mídias têm nos oportunizado indagar a atribuição de sentidos ao passado a partir de nossos campos de experiência político-culturais. Considerando a relevância dos estudos clássicos para formação humanística idealizada pelas escolas secundárias no Brasil oitocentista, investigaremos a noção de ‘democracia ateniense’, veiculada por manuais de História Universal, sobretudo de Justiniano José da Rocha (1860), Pedro Parley (1869) e Victor Dury (1865), populares entre a Reforma educacional de Couto Ferraz (1854) e a Reforma de Leôncio de Carvalho (1878). Por se tratar de um momento histórico marcado por grande concentração
de grupos conservadores no cenário político brasileiro, problematizaremos a construção de uma narrativa histórica escolar afinada à formação da elite, no Império do Brasil, com destaque aos usos e abusos do passado clássico.
Palavras-chave: Compêndios de História Universal,
democracia ateniense, historiografia oitocentista,
ensino de História Antiga no Brasil,
escola secundária.
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