Mesmo assim eu quero esquecer! – Entre memória e esquecimento da saúde mental em Goiás no jornal O Popular (1995-1999)
Resumo
O presente texto concentra-se no estabelecimento da trajetória da disputa pelo terreno onde ficava o Hospital Psiquiátrico Adauto Botelho em Goiânia, pois, tal questão, implica no conflito a respeito da orientação de se produzir o esquecimento a respeito das representações e práticas em torno do sanatório e/ou possibilitar elementos para a memória da saúde mental no estado de Goiás através do tombamento do prédio. Lançando mão dos conceitos e categorias da História Cultural, foram utilizadas como fonte, reportagens do Jornal O Popular de Goiânia entre os anos de 1995 a 1999. O periódico foi escolhido por ter a maior circulação no estado de Goiás e, pelo seu histórico, estar aliado aos discursos dos dirigentes do Estado. Assim, as reportagens foram analisadas no seu contexto, compreendendo que determinados direcionamentos significavam defender que a presença do sanatório remetia a algo triste e que precisava ser demolido. Entende-se, nesse sentido, que o antigo hospital se encaixava na categoria de Patrimônio Sensível, cuja a ideia é preservar espaços que também remetem à dor, compreendendo este elemento como importante para o processo de compreensão do passado e orientação no presente.
Palavras-Chave: Saúde Mental; Patrimônio; Esquecimento.
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