História e literatura / realidade e ficção, presente e passado, espaço e tempo: os pares conceituais em três histórias de Ana Miranda
Resumo
Por meio deste artigo são tecidas algumas considerações a respeito de determinados pares conceituais caríssimos aos estudos de narrativas ficcionais de cunho histórico, a saber: história-literatura/realidade-ficção, presente-passado, espaço-tempo. Objetiva-se, principalmente, analisar como as categorias anteriormente citadas se consolidam nos discursos ficcionais sobre o passado em três narrativas da escritora Ana Miranda. São elas: O retrato do rei ([1991] 2003), Dias e dias (2002) e Desmundo (1996). A título de introdução, e para destacar as possibilidades dialógicas no entrecruzamento história-literatura, apresenta-se, brevemente, o contexto de surgimento e consolidação da Nova História Cultural (HUNT, 1992; KRAMER, 1992), destacando-se a relevância da interpretação na história e do texto histórico como um artefato literário (WHITE, 2001). Para desenvolver a análise proposta, primeiro, são destacados, nas relações história-literatura/realidade-ficção, os procedimentos ficcionais de referenciação historiográfica (HUTCHEON, 1991); em seguida, para compreender o processo de contextualização histórica, observa-se como se concretizam as categorias de tempo-espaço (NUNES, 1988) e presente-passado (LE GOFF, 2003; CHESNEAUX, 1995) nas narrativas elencadas.
Palavras-chave: Literatura Brasileira; Metaficção Historiográfica; História-Literatura; Presente-Passado; Espaço-Tempo.
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