Santidade reconhecida no estado da Índia: relações de gênero e religiosidade no processo inquisitorial de Joana de Jesus (1585-1588)
Resumo
Este trabalho parte do interesse em analisar a trajetória de Joana de Jesus, pertencente à Ordem Terceira de São Francisco e moradora de Goa, diante do seu processo estabelecido pelo Tribunal do Santo Ofício de Goa, no ano de 1585. O foco residirá em analisar, a partir da categoria de gênero, como Joana de Jesus construiu a sua fama de santa no Estado da Índia, ainda que inserida em um amplo contexto patriarcal e misógino. Pretende-se corroborar a hipótese de que Joana de Jesus integrou um movimento maior de acesso das mulheres à espiritualidade como forma de delimitar espaços de autonomia e reconhecimento social, subvertendo os padrões de feminilidade prescritos a elas nesse período.
Palavras-chave: Tribunal do Santo Ofício de Goa; Relações de Gênero; Santidade; Século XVI.
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