USO DA FOTOTERAPIA NA ICTERÍCIA NEONATAL

Jaqueline Vieira Amaral, Agostinho Antônio Cruz Araújo, Alynne Maria de Brito Medeiros, Ingrid Raquel Lima Vieira, Márcia Gabriela Costa Ribeiro, Silvana Santiago da Rocha

Resumo


Introdução: A icterícia neonatal consiste na cor amarelada da pele e de mucosas do recém-nascido (RN). Essa condição é bastante frequente, sendo estimada em cerca de 60% dos RNs. A icterícia acontece em decorrência da produção de bilirrubina ser maior com uma capacidade de metabolização e eliminação reduzida. Como resultado se tem a hiperbilirrubinemia, com consequente depósito de bilirrubina na pele, podendo também causar danos neurológicos. Uma forma de manter os níveis adequados de bilirrubina abaixo das concentrações neurotóxicas é utilizar a fototerapia, que possibilita a formação de produtos hidrossolúveis, facilitando, desta forma, a eliminação pelos rins e fígado. Objetivo: Analisar os benefícios e riscos da fototerapia em neonatos. Método: Trata-se de uma revisão integrativa nas bases de dados MEDLINE e LILACS. Para a busca foram utilizados os seguintes descritores controlados em português e inglês: neonatologia/neonatology e fototerapia/phototherapy. Foram incluídos artigos publicados entre 2016 e 2017, nos idiomas português e inglês. Estudos duplicados e aqueles que não apontaram riscos ou benefícios da fototerapia em neonatos com icterícia foram excluídos. A amostra inicial foi de 63 estudos, que após aplicação dos critérios de exclusão, resultou em 18 artigos. Resultados: A fototerapia apresenta-se com grande eficácia na redução dos níveis séricos de bilirrubina. Entretanto, existe riscos relacionados a descontinuidade da fototerapia que, quando cedo, poderá determinar um efeito rebote, especialmente em neonatos com idade gestacional menor. Nestes casos, faz-se necessário a retomada do tratamento. Além disso, a duração da fototerapia correlaciona-se com danos no DNA, aumentando-se, assim, os riscos para o desenvolvimento de câncer na infância. Conclusão: Foi possível concluir que a fototerapia é de grande importância para o tratamento da hiperbilirrubinemia, evitando os graves danos que a mesma pode causar. Por outro lado, o uso desnecessário deve ser evitado, como forma de assegurar possíveis complicações futuras.

Palavras chave: Neonatal. Icterícia. Fototerapia.


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