USO DE TECNOLOGIAS NÃO INVASIVAS NO CUIDADO: partos assistidos na água

Resumo

Introdução: O parto na água é descrito desde tempos antigos em diversas culturas. O primeiro relatado pela literatura médica ocorreu na França em 1805. Na década de 60, Michel Odent se torna pioneiro ao relatar a experiência de cem partos na água e introduzindo a concepção de não interferência na fisiologia normal do parto. Estudos apontam que a imersão em água altera o padrão de contrações uterinas e tem importante contribuição na diminuição da dor e aumento do conforto da parturiente, constituindo-se assim, como valiosa tecnologia não invasiva para alívio da dor. Objetivo: Identificar evidências cientificas sobre o parto na água como uma tecnologia não invasiva para alívio da dor no parto. Método: Revisão integrativa da literatura, realizada em setembro e outubro de 2018. Para a seleção dos artigos utilizou-se as bases de dados Literatura Latino-Americano e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO). Os critérios de inclusão foram: artigos em língua portuguesa do Brasil, com textos completos, dos últimos cinco anos, com os descritores: parto humanizado, imersão e enfermagem. A análise crítica e a síntese qualitativa foram realizadas de forma descritiva. Resultados: Foram encontrados 178 artigos dos quais 9 atenderam aos critérios de inclusão e constituíram a amostra. Os estudos revelam que o banho de imersão se mostra um método que diminui a dor e consequente os métodos de intervenção ou mesmo a dispensa. Segundo a OMS é essencial que se opte por tecnologias não intervencionistas sempre que possível. Conclusão: Este estudo permitiu analisar que a prática do parto na água evidência diminuição das intervenções no mesmo, especialmente as farmacológicas, para alivio da dor. Entretanto, é necessário a realização de mais estudos que ofereçam evidências científicas sobre a assistência ao parto na água.

Palavras chave: Parto Humanizado. Imersão. Enfermagem.