RETRATO DE OS SERTÕES, DE EUCLIDES DA CUNHA: DO ROMANCE PARA OUTROS GÊNEROS TEXTUAIS

Resumo

RESUMO: Quando falamos em ensino-aprendizagem na Educação Básica, inegavelmente os relatos de experiências docentes perpassam por diferentes linguagens em contextos pontuais. Sem dúvida o texto na sala de aula ao dialogar com outros gêneros textuais incentiva a formação do leitor e desperta a criatividade do estudante, estimulando-o ir além do escrito. Este artigo propõe apresentar um diálogo entre o livro Os Sertões, de Euclides da Cunha (1902) e outras artes presentes em manuais didáticos de Língua Portuguesa, volume 3, Ensino Médio, a fim de promover a formação e transformação de leitores (as) da Educação Básica.  De posse da teoria da intersemiose (Barthes, 2001), numa abordagem qualitativa, primamos pela prática metodológica da desconstrução (Derrida, 2014; Souza, 2004), para que os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem sejam contemplados de forma prazerosa. Através de oficinas de leitura e desleitura do romance em discussão com estudantes do 3º. Ano de Ensino Médio, escola pública, percebemos a importância de levar para sala de aula diversos gêneros textuais com a mesma temática, e a partir daí, fomentar a discussão, neste caso específico, optamos pela terceira parte da obra euclidiana: A luta, referente à Guerra de Canudos ocorrida na Bahia entre os anos 1896-1897, tendo como líder o cearense Antônio Vicente Mendes Maciel (1830-1897), mais conhecido como Antônio Conselheiro. Esperamos contribuir com a ressignificação de leitores, a partir dos gêneros textuais alusivos ao romance no livro didático. Outro resultado esperado é que este texto abra mais um leque para as imagens da guerra, atentando-se para os discursos de ódio direcionados ao líder e seguidores para além dos textos verbais.