GÊNEROS ORAIS E ENSINO: UMA ANÁLISE DAS PRÁTICAS DOCENTES
Resumo
O tratamento do ensino com “gêneros textuais” em salas de aula no contexto brasileiro, passou a ser frequentemente utilizado após os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e a partir das discussões em torno dos gêneros textuais, em especial, orientadas pelos estudos em Ciências da Linguagem e em Linguística. As pesquisas como as de Bakhtin (1997), Marcuschi (2002, 2008), Bezerra (2017), Dolz e Schneuwly (2011), Bawarshi e Reiff (2013) vêm propiciando um avanço, no que diz respeito ao ensino da língua falada e escrita na escola baseada na abordagem de gêneros textuais. A proposta deste trabalho é fazer uma análise das práticas docentes no ensino e no desenvolvimento da oralidade e dos gêneros orais nas diversas disciplinas escolares. O tratamento metodológico faz-se a partir da análise de um questionário respondido por 15 professores sobre o ensino da oralidade e dos gêneros orais nas práticas docentes. A discussão teórica fundamenta-se nos trabalhos de Marcuschi (1997, 2001), Dolz e Schneuwly (2011) e Antunes (2009) entre outros. O corpus de análise mostrou que apesar do ensino da oralidade se mostrar presente nas práticas docentes na maioria das disciplinas do ensino médio, ainda há uma concepção superficial das práticas de produção oral no ensino.
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PDFReferências
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