UMA LEITURA DA FARSA DA BOA PREGUIÇA NUMA PROPOSTA DE LETRAMENTO EM EJA
Resumo
Este artigo reflete sobre a leitura da Farsa da Boa Preguiça (1970) numa proposta de letramento literário, de modo a potencializar o gosto pela leitura e uma participação ativa no processo de compreensão da obra. Na Farsa da Boa Preguiça, Ariano Suassuna atravessa discussões conflitantes entre sagrado/profano, popular/erudito, humidade/ avareza, num tom jocoso conduz a reflexão sobre a arte poética como uma beleza que liberta do caos e regozija a vida. A mediação entre leitor e obra dar-se-á por vias da sequência expandida, proposta de Rildo Cosson (2014), consoante ao exercício dramático, a realizar-se na etapa de interpretação desta sequência. Em interface a essa proposta buscou-se acionar os mecanismos de compreensão também pelas relações intertextuais que aproxima a obra a contos populares brasileiros, apresentando essa relação como característica do teatro suassuniano. A proposta de experiência literária na 4ª fase da Educação de Jovens e Adultos (EJA) pode demonstrar uma sistematização necessária à atividade de leitura literária sem com isso perder-se nos entraves pedagógicos e ‘didatizantes’. Daí o compromisso de ampliar a compreensão de que é preciso estabelecer conexões entre os saberes institucionalizados e os significados adquiridos pelo sujeito em âmbito social, sendo que para isso, é preciso que as práticas de uso da linguagem na escola estejam mais integradas com situações sociais não apenas simuladas, mas reais e diversificadas.
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