O BILINGUISMO COMO METODOLOGIA DA LIBRAS PARA A INTERAÇÃO SOCIAL DO SUJEITO SURDO

Resumo

Os estudos que analisam a linguagem na sociedade estão cada vez mais em voga. É evidente que com essas pesquisas acerca da língua também se verifique que as diversas formas de linguagem proporcionam o desenvolvimento da interação, logo esses dois elementos não podem ser dissociados. Dessa forma, deve-se compreender que só há interação comunicativa porque há linguagem. É necessário, porém, explicitar que não se pode considerar como formas de expressão apenas a língua oral. Nesse ínterim, lembra-se das discussões em torno da Língua Brasileira de Sinais- LIBRAS, que é espaço-visual. Ela é a língua-suporte da comunidade surda e é utilizada diariamente por eles, enquanto a Língua Portuguesa tem outra forma de utilização que não a conversação do dia a dia. Essas duas língua(gens) devem ser ensinadas ao público surdo e não devem ser consideradas como opostas, mas como complementares. Nesse sentido, o presente trabalho analisa como se dá o processo de interação social dos surdos. Ancora-se nas principais discussões acerca do Bilinguismo fazendo um diálogo com autores como Karnopp (1994) e Quadros (1997); além disso, pretende-se dar relevância aos conceitos bakhtinianos de gêneros do discurso, uma vez que para Bakhitin (1997), é através dos gêneros que os homens se comunicam dentro de uma dada sociedade. Benveniste (1991) também será utilizado, quando afirma que é apenas por meio da linguagem que o homem se constitui como sujeito. Assim, esta pesquisa pauta-se em três eixos: linguagem, bilinguismo e gêneros. Em análises, depreende-se que o Bilinguismo é uma metodologia adequada aos surdos, pois é capaz de fazer com que eles interajam ao mesmo tempo com seus amigos, sua família, pessoas que entendem sua língua, e também com outros indivíduos que não as entendam, evitando um atraso na vida desses sujeitos.