REPRESENTAÇÕES DE GÊNERO SOCIAL NA CRÔNICA: UMA ANÁLISE EM LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA
Resumo
Considerando que a linguagem é um dos sistemas simbólicos através dos quais as identidades são construídas e que veicula representações a respeito dos grupos sociais (WOODWARD, 2012), torna-se relevante compreender os aspectos envolvidos nesse processo, principalmente quando ele acontece em contextos institucionais, como a escola. O ambiente escolar é um espaço privilegiado para a construção de identidades, tais como as identidades de gênero social, e para a veiculação de representações e ideologias (MOITA LOPES, 2002), disseminadas nos textos orais e/ou escritos, os quais se vinculam ou remetem a diversos gêneros textuais. Gêneros textuais são compreendidos neste trabalho como formas de ação social recorrentes, através das quais é possível realizar diversos atos de fala (MILLER, 2009; BAZERMAN, 2005). Nos últimos anos, o conceito de gênero textual vem sendo incorporado ao discurso escolar. Nesse contexto, uma das ferramentas que se destaca é o livro didático, o qual se apresenta como principal material que medeia as interações nas salas de aula brasileiras (BATISTA, 2003; COSTA VAL; MARCUSCHI, 2005). Tendo em vista os aspectos mencionados, o presente estudo, que corresponde a um recorte de uma pesquisa de doutorado em andamento, objetiva investigar as representações de gênero social (masculino/feminino) que são veiculadas em livros didáticos de Língua Portuguesa. Para isso, selecionamos o gênero textual crônica (SANTANA, 2012) e analisamos as representações associadas aos gêneros sociais no que se refere aos personagens, às ocupações que exercem, entre outras temáticas.
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