GÊNERO E SEQUÊNCIA DIDÁTICA: UMA PROPOSTA DE TRABALHO COM O RELATO DE EXPERIÊNCIA VIVIDA

Bárbara Olímpia Ramos de Melo, Fabiana Gomes Amado

Resumo


 Atualmente, sabe-se que uma das grandes dificuldades do ensino de Língua Portuguesa está na atividade de produção textual. Professores queixam-se de que os alunos não sabem escrever e, da mesma forma, alunos explicitam suas dificuldades em realizar a produção escrita. Dessa forma, as teorias linguísticas têm procurado investigar e desenvolver diversas técnicas e metodologias que favoreçam o aprendizado da escrita, buscando ativar o trabalho através dos gêneros textuais, suas características e especificidades, a fim de que os alunos se apropriem de fato de todos os suportes linguísticos que possam mediar a relação entre letramento- aprendizagem do gênero- produção escrita. Partindo dessa realidade, este trabalho  objetiva  propor  alternativas de métodos de transposição didática através da concepção de gênero teorizada por Bakhtin(1997),  das propostas teórico-metodológicas  de Bronckart (1999); Costa-Hubes (2014); Oliveira (2010)  e Schneuwly; Dolz (2013), adaptando-as ao estudo do gênero relato de experiência vivida, segundo preconizam os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa (PCN), cujo um dos objetivos do ensino de língua é a produção de textos escritos, segundo os gêneros previstos para cada ciclo, levando em conta as características e especificidades de cada modalidade e suas condições de produção (BRASIL,1998). Nesse estudo, contemplam-se resultados parciais de práticas de ensino de língua inseridas em uma escola municipal de Teresina-PI, as quais têm se   pautado no fato de que a motivação para escrever deve permear as perspectivas sociointeracionais propostas pelos estudos linguísticos contemporâneos, nos quais os gêneros surgem a partir de realizações concretas de situações comunicativas e, nesse caso, os alunos partem de suas experiências pessoais, de suas realidades, rememorando fatos significativos de suas vidas que serão  ressignificados  na escrita e na troca de experiências, uma vez que a escrita é motivada através de uma situação real de interação.


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