O GÊNERO TEXTUAL FÁBULA E A FORMAÇÃO LETRADA DO EDUCANDO
Resumo
Norteado por uma perspectiva de ensino com foco no letramento do educando, este estudo tem como objetivo apresentar as possibilidades de articulações didático-pedagógicas em sala de aula, por meio do gênero textual fábula na construção de conhecimentos dialéticos, em uma sociedade plural. O letramento constitui-se na capacidade de interação social e crítica com diferentes mídias de comunicação oral e escrita da língua. Neste entendimento, a escolha do gênero textual fábula possibilita significativas progressões na aprendizagem, visto que apresenta uma estrutura narrativa breve, de linguagem simples, que traz uma moral e um ensinamento de caráter educativo e social, que contribui para a formação de opinião crítica, reflexiva e letrada do educando. Tais proposições bibliográficas, de caráter qualitativo, ancoram-se em aportes teóricos, como Bakhtin (2000), Bronckart (2006), Costa (2009), Dolz; Schneuwly (2004), Kleiman (1995), Koch (2002), Marcuschi (2005), Rousseau (2004), Soares (2003); dentre outros. Trabalhar com o gênero textual fabula em sala de aula é uma possibilidade de mobilizar os conhecimentos de mundo, os saberes vivenciais de oralidade e escrita que fazem parte do repertório sociolinguístico do educando, levando-o a assumir a posição de sujeito letrado. O insucesso na formação letrada, em muito se deve a falta de investimento em práticas multiculturais de leitura e escrita. Desta forma, a escola deve incluir em seu currículo, a urgência no desenvolvimento de práticas educativas aliadas às diferentes tecnologias linguísticas (gêneros textuais) que levem ao letramento crítico. Aponta-se, portanto, neste estudo, a fábula como rico instrumento a ser trabalhado em sala de aula, graças ao seu sentido moralizante, desencadeador de aprendizagens, não apenas para o contexto escolar, mas para a vida do educando, no exercício da democracia e da cidadania.
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